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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Com o IE9, a Microsoft segue os passos do Google

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Internet Explorer 9 beta: os menus e barras de ferramentas sumiram

 

A nova versão do Internet Explorer copia várias coisas do Chrome, o navegador do Google. Mas isso pode ser uma armadilha para a Microsoft.

O browser do Google é o que mais rapidamente ganhou participação no mercado nos últimos dois anos. Em agosto de 2009, segundo a Net Applications, ele era responsável por apenas 2,8% dos acessos à web. No mês passado, a fatia do Google foi de 7,5%. Ou seja, o uso do Chrome quase triplicou em um ano. Nesse mesmo período, o Internet Explorer perdeu participação, caindo de 67% para 60,4%. Já o Firefox manteve sua parcela quase inalterada, indo de 22,3% para 22,9%. Assim, é natural que a Microsoft tenha ido buscar inspiração no Chrome ao desenvolver o IE9.

Há várias coisas no beta do Internet Explorer 9 que lembram bastante o estilo de Mountain View. A mais óbvia é o visual limpo, sem muitos botões ou menus visíveis. A fusão da barra de endereço com o campo de pesquisa também é invenção do Google. E há o fato de a Microsoft, agora, falar bastante na velocidade de execução de programas em JavaScript. Antes, quem dava destaque a essa característica era o Google. Naturalmente, o IE9 traz outras inovações, como o uso da placa de vídeo para acelerar a exibição de gráficos e textos. Mesmo assim, a influência do Chrome é visível nele.

No entanto, essa opção pelo jeito Google de ser leva a uma contradição. Google e Microsoft pregam visões opostas da computação. Para o Google, o PC não tem muita importância, já que os aplicativos mais relevantes estão ou estarão na web – o browser é o computador. O Chrome OS, sistema operacional derivado do navegador, é uma tentativa de dar um passo à frente na realização dessa visão. Ela está perfeitamente alinhada com o modelo de negócios do Google. Afinal, é na web que a turma de Mountain View ganha dinheiro.

Mas a fórmula do Google não combina muito com os negócios da Microsoft. O Windows e o Office, dois dos seus principais produtos, só existem comercialmente no PC. Logo, na visão de Redmond, o PC continua sendo muito importante. A Microsoft tem expandido seus serviços na web, oferecendo coisas como o pacote Office Web Apps. Mas essa ainda não é uma fonte de receita significativa para a empresa. Ao adotar o modelo do rival, os softies provavelmente vão fortalecer o Internet Explorer. Mas isso também traz o risco de enfraquecer seus negócios mais rentáveis.

 

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